quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Meu amor...

...como sinto a falta dos teus braços em torno do meu corpo, e por dizer teus braços talvez queira dizer de ti em torno de mim ou da tua voz a soar nos meus ouvidos, porque não dizer do teu coração que bate bate e eu extasiado encostado ao teu peito o ouço. Porque não dizer que anseio ouvir esse trabalhar e maravilhar-me uma vez mais com a magnifica simplicidade que te faz respirar, que te dá cor, que te faz estar junto de mim. Se ao menos nunca nós longe e por dizer se ao menos, quero dizer que porque tão longe eu de ti e tu de mim, porque tão longe os nossos corpos quando na mente a minha casa a dois passos do meu trabalho e a tua casa a dois passos do teu trabalho e se tua a minha casa porque não tu a dois passos de mim? Faz doer esta espiral de questões que não sabemos responder meu amor, faz dor forte este medo que aumenta a cada dia de que a vida sem trabalho não seja a mesma que com trabalho e no entanto minha querida, se não fosse o trabalho que me mantém tão distante nesta outra metade do globo onde tu não estás, se não fosse o trabalho eu ai contigo ou tu aqui comigo, qualquer forma seria boa, qualquer forma que me mantenha junto a ti é boa exceptuando não poder trabalhar, não poder ser realizado. Ambos lutamos demasiado meu amor para agora desistir de ser aquilo que queremos e talvez por isso não tenhamos um do outro o que também queremos. E assim tu sentes a minha falta e eu sinto a tua falta, os nossos corpos tremem com ânsia de prazer e por vezes talvez tremam por outros corpos que não os nossos. Talvez tudo desapareça a cada regresso, talvez no segundo em que as portas automáticas do aeroporto se abram, e tu sempre à esquerda da rampa com o teu olhar sereno e o teu cabelo claro aos caracóis que te amo, com a tua pele clara que me faz pensar que tudo na minha vida vive para ela, e quando nos abraçamos, quando me dizes olá querido ou olá amor ou olá ou finalmente ou um suspiro de igual modo relacionado com o aliviar de uma força opressora, quando me dizes isso meu amor e eu te abraço e beijo ali em frente de toda a gente que queira ver e perceber que não se ama por escolha, ama-se porque não podemos controlar o que queremos quando só se quer os teus braços. Calmamente levas-me para casa porque não quero conduzir, não quero tirar de ti os olhos e levas-me para casa abrimos a porta, as malas caem no chão, as malas ficam junto da porta e eu só perdido na alegria de tu só minha, de eu só teu novamente, eu desejando que onde trabalho desaparecesse do mapa, eu desejando que fosse ali já junto da porta, e eu desejando que esta carta apenas um fragmento da minha imaginação enquanto te beijo ao invés de escrever uma carta enquanto imagino que te beijo novamente.

Sinto a tua falta...

1 comentário:

  1. E eu sinto a tua..pudera simplesmente abraçar te, sentir-te..dar te um beijo profundo quando chegas, esquecendo a multidão de pessoas em redor, os olhares furtivos..esquecer que mais alguém ali em redor e só tu e eu numa profusão de sentimentos, numa espiral de emoções..e esquecer que tens de regressar para essa terra longinqua e distante..e ter te, e teres me , sempre junto um do outro e não apenas numa corrida contra o tempo..esquecer que o tempo passa e te leva novamente para longe..cerro as palpebras, enquanto na minha imaginação sinto os teus lábios nos meus, o teu cãlor fundindo-se com o meu..sinto falta de ti..

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