terça-feira, 12 de abril de 2011

Certos...

...dias dentro de mim surge e cresce e acresce ao que já existe um grito tão longo e tão alto e tão tão inexplicavelmente aflitivo que olho em redor e penso acerca de mim e dos meus e dos que me cercam e julgo apenas poder fugir se ganhar asas e levantar voo.
Por vezes o tédio surge para nos dizer que as coisas não estão bem e está na altura de mudar de coisas, por vezes a falta de ar que sim não é devido a mim mas ao que deixo que de mim julguem e imaginem. Desde que regressei a Angola que me interrogo acerca do que é certo e do que é errado novamente. Interrogo se é certo desejar fugir, se é errado dizer o que digo, às pessoas que digo. No meio desta gente toda vejo sorrisos por vezes, vejo alegrias por vezes, e por detrás de alguns sorrisos vejo felicidade, vejo amor. E que fazer quando não se consegue esquecer um sorriso? Quando não se consegue esquecer uma voz, uns olhos brilhantes, um cabelo encaracolado?
Que fazer quando se ama, e julga amar e não se luta para que se estar com esse amor. Por vezes ainda pior, o que se faz quando se ama e se julga amar e quem se ama parece não ser a pessoa certa? São episódios, são lutas, são sorrisos que nos enganam, são sorrisos que nos deixam pendurados, e eu vi um sorriso que me deixou  intranquilo, irrequieto, e depois vi outro que me fez o mesmo, e não consigo esquecer nenhum deles.

domingo, 3 de abril de 2011

Eu...

...regresso sempre, cada dia, regresso sempre a casa, cada semana regresso sempre ao descanso, cada mês regresso sempre ao meu ordenado, e por vezes regresso à casa verdadeira, regresso a ti.
Enquanto não o faço sinto o vazio que me vai preocupando porque cada vez parece menos vazio e mais normal não te ter. Sinto falta de ver o teu sorriso e apenas uns dias entre nós. Sinto vontade de descobrir a vida mas a vida sem ti não tem o mesmo interesse para descobrir. Penso como seria se não tu e alguém que não tu a descobrir comigo o que quero descobrir. Penso como seria se te tivesse dito não em vez de te ter dito sim, de te ter aceitado na minha vida quase sem condições, quase como se inevitável.  Passamos um mês, passamos uns dias, e eu sinto a falta a tua. Eu sinto a falta de nós, e palavras tontas saem de minha cabeça por as sentir.