domingo, 12 de dezembro de 2010

Claro...

... sinal dos tempos modernos sou eu. Português, engenheiro, residindo em Luanda, clandestino. Acabei de atravessar pelas complicadas intrigas e papeladas do sistema de imigração Angolano, neste momento qual cidadão do mudo escrevo o meu blog a partir do lounge do aeroporto enquanto aguardo pelo voo que me faça regressar a casa. Regresso que julgava mais complicado nesta fase, foi simples, lento e sem dor, já me vou. Espera-me outra fase, onde a vou encontrar, seis meses depois, com tantas coisas que arderam na nossa relação, tantos indagares de valerá a pena, é justo que valha a pena, afinal sou eu que decido, ou melhor é o meu instinto que vai decidir se um abraço, se apenas um olá, se a deveria fazer sofrer como me fez a mim, ou se simplesmente sou altruísta o suficiente para deixar isto para trás e apenas vislumbrar o que de bom sempre vislumbro, a fé de que seja justa e equilibrada a vida, que me traga o amor e a paixão que sempre desejo, que me permita amar e apaixonar-me como sempre tentei fazer. Não surgem isentas de duvidas estas palavras, carregadas de incerteza eu ponho nelas a esperança que consigo e gostaria de sorver delas a esperança que me conseguem dar. Viajo de regresso para a minha casa, que sempre foi onde tu estás, regresso como quem regressa passado muito tempo a sua casa, da qual não teve notícias, espero encontra-la livre, arejada, solta de fantasmas e esqueletos. Haverei de descobrir.

VOU PARA CASA, vou para casa e o meu coração rebenta de alegria.

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